A síndrome metabólica é um conjunto de doenças que, associadas, vão levar ao aumento do risco de problemas cardiovasculares, Estas doenças são a obesidade, principalmente àquela caracterizada com aumento de cintura abdominal, pressão alta, alterações de colesterol, triglicérides e glicemia.
Problemas desse tipo tendem a afetar diretamente o desempenho no trabalho. Um deles é a perda da produtividade onde trabalhadores adoecidos não podem executar suas tarefas normalmente, muitas vezes, precisando se ausentar. Isso pode reduzir consideravelmente a rentabilidade do negócio e prejudicar a equipe.
Mesmo que uma doença não leve ao afastamento, ela pode prejudicar a concentração do trabalhador. Isso aumenta as chances de acidentes o que é especialmente perigoso em alguns setores.
Em relação a doenças, indivíduos identificados por alguma ocorrência precisarão receber atenção especial. Entretanto, restringir essa atenção para pessoas já adoecidas não se constitui em uma prática preventiva: é preciso atuar antes dos fatos ocorrerem.
Cada vez mais as empresas estão investindo no acompanhamento médico preventivo dos colaboradores como forma de evitar problemas crônicos de saúde, reduzir afastamentos e alavancar a redução de custos.
Uma forma significativa de atuar é investir na implantação de ambulatório próprio na empresa, que funciona como um centro de atenção primária supervisionado por médico. Essa estrutura pode ser viável para grandes empresas, mas não para médias e pequenas. Essas podem ter nos Prestadores de Serviço em SST o suporte que necessitam.
Ao deixarem de ser apenas geradores de documentos, numa atividade eminentemente cartorial e incentivada pelos clientes que apenas buscam esse tipo de prestação de serviço, e passarem a desempenhar funções gerenciais em outros serviços, agregam valor ao seu trabalho.
Atenção Especial ao colaborador, ou se preferirem denominar de Atenção Primária à Saúde, funciona como um complemento viável ao modelo de gestão de saúde adotado atualmente por muitas empresas, ou até mesmo como alternativa para ele.
O plano de saúde empresarial é um grande benefício para o colaborador, mas por outro lado, gera um custo elevado para a organização, além de que esse valor é a cada ano reajustado acima da inflação.
A empresa arca com o custo do plano empresarial e quando o colaborador se afasta por questão relacionada à saúde, é a organização que paga também. Se a esse afastamento sucede encaminhamento à Previdência, poderá ser concedido ao trabalhador um benefício acidentário (B91), o qual impacta no FAP e o RAT terá um valor maior.
Ou seja: custo com o plano, com o afastamento, com o RAT e por esse, sobre a folha de pagamento.
Assim, a despesa impacta de forma relevante no orçamento, o que pode motivar medidas para reduzir os custos, como a desistência da adesão ao plano ou a redução na oferta de alguns procedimentos, ou ainda a troca do atual plano por outro mais barato, e evidentemente de qualidade inferior.
A empresa não tem interesse em deixar o colaborador desamparado, mas enfrenta o desafio de reduzir custos sem perder qualidade do que é oferecido, e uma alternativa é cuidar da saúde e segurança dos trabalhadores de forma mais intensa e documentada da que ocorre atualmente.
O item “saúde” tem acompanhamento disperso dentro das empresas, distribuído entre responsáveis pela gestão do plano de saúde, da saúde ocupacional e dos programas de promoção da saúde e qualidade de vida, vacinações, gestões de afastamentos e afastados, estresse, casos crônicos entre outros.
A adoção de práticas para a Atenção Especial ao colaborador, ou se preferirem o termo da Atenção Primária à Saúde, poderá ser uma opção mais barata para a empresa e com isso se democratiza o acesso às facilidades ofertadas pela Atenção Especial.
Do ponto de vista operacional, o Prestador de serviço que cuida da SST tem todas as condições de cuidar da saúde total dos colaboradores de seus clientes, bem como colaborar para melhorar a saúde econômica da organização, pela redução de custos originada no atendimento “domiciliar” de seus colaboradores, reduzindo afastamentos e por extensão, diminuindo o FAP.
A Atenção Especial consiste em uma abordagem estruturada e mediada por recurso informatizado, e onde se prioriza a prevenção das doenças, por meio de orientação, diagnóstico precoce e acompanhamento sistêmico entre outros. Nela se funde a atuação da saúde ocupacional, assistencial e todos os programas apontados sob a rubrica da “saúde”.
Além de ser uma maneira efetiva na redução de custos em saúde, ela ainda é capaz de, em alguns locais, resolver cerca de 80% das queixas dos pacientes. É uma solução relativamente simples e seu funcionamento é baseado no atendimento à pacientes sem que haja encaminhamento direto às instâncias de prestação de serviço mais sofisticadas, onde casos de simples resolução podem resultar em excesso de meios de diagnósticos, de consultas a especialistas e de internações hospitalares que não beneficiam os pacientes e apenas os planos de saúde.
Os custosos planos de saúde não oferecem serviços essenciais, básicos mas não menos relevantes, como avaliações em caso de detecção precoce de qualquer anormalidade como por exemplo: sobrepeso; hipertensão arterial leve; discreta elevação de glicose no sangue; lombalgias que se repetem assim como dores no punho ou ombros que podem ser sinais e sintomas de complicações osteomusculares; fadigas inexplicáveis e insônias que talvez sejam manifestações iniciais de distúrbios psicossociais.
A Atenção Especial oferece esses serviços preventivos através de uma equipe multidisciplinar constituída por médicos, pessoal de enfermagem, ergonomistas, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, ente outros profissionais. Ao atender às demandas gerais, também se comporta como “porta de entrada” para o necessário encaminhamento de casos mais complexos, que requerem avaliação mais aprofundada.
A equipe da Atenção Especial também pode acompanhar doenças já estabelecidas, os casos crônicos, sem que haja necessidade de regulares e custosas visitas à especialistas. Ainda, os afastados por benefícios previdenciários podem receber cuidados oferecidos pela equipe, para melhorar suas condições e proporcionar boas condições de retorno ao trabalho.
Na sua essência, a Atenção Especial cuida das pessoas e não apenas trata doenças ou condições específicas, e é uma oportunidade para Prestadores de serviço em SST aumentarem seus ganhos ao mesmo tempo que os clientes reduzem custos e melhoram a saúde de seus colaboradores.
A implantação da Atenção Especial traz muitos benefícios econômicos para as empresas e atinge diretamente a melhoria da saúde do colaborador pois proporciona:
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Economia com exames, tratamentos e hospitalizações;
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Redução nas taxas de absenteísmo;
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Colaboradores mais saudáveis e motivados;
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Maior produtividade;
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Modernização do sistema de gestão;
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Melhora da imagem da empresa.
“Prevenir é melhor do que remediar”. Essa frase é adequada tanto para pacientes que se beneficiam da prevenção com menos complicações e mais qualidade de vida, assim como está comprovado que a prevenção de doenças é uma maneira de reduzir custos.
Por isso, a adoção do projeto da Atenção Especial para promover práticas de prevenção de doenças e de promoção da saúde não pode ser considerada um gasto supérfluo. São medidas efetivas de otimização da saúde financeira da empresa, devendo ser enxergadas como investimentos a médio prazo. Embora, no início, elas demandem um maior esforço da empresa, logo as práticas adotadas se convertem em benefícios.
Em relação à Atenção Especial, e seguindo a linha de recitar velhos adágios populares, há aquele que diz que “O ótimo é inimigo do bom”. Digo isso porque iniciar um projeto de Atenção Especial não requer sofisticados projetos de implantação e apenas depende do compartilhamento de objetivos entre a empresa, prestadores de serviço em SST e os beneficiários diretos da iniciativa, os trabalhadores.
É importante iniciar o trabalho em grupos menores e a proximidade geográfica deve ser considerada, para que haja facilidades de acesso às soluções oferecidas. À medida que se estabelecem rotinas bem definidas, que a confiança no sistema seja obtida, é possível expandir a Atenção Especial para familiares e aposentados.
Finalmente, há a necessidade de ferramentas digitais para otimizar as atividades.
Os casos de doenças já definidas ou de sinais/sintomas que o trabalhador apresenta e que exigem cuidados, avaliações e diagnóstico antes que se instale uma doença e essa cronifique, são detectados através de diversas origens, como mostra a imagem.
Todo esse processo é mediado pelo SIGOWeb, que oferece funcionalidades para que diversos usuários do setor de saúde possam encaminhar casos que requeiram Atenção Especial. Essa por sua vez tem uma tecnologia sistêmica para facilitar os controles, enviar questionários ao trabalhador, monitoramentos, documentação do que se está fazendo, o que inclui um prontuário eletrônico do paciente, acessível a todos que participam dos cuidados oferecidos, bem como possibilidade de comunicação interna entre os componentes da equipe.
Ainda, diversos relatórios gerenciais são disponibilizados, o que permite auditorias internas e dados estatísticos diversos.